Viver em sociedade acaba nos sendo um desafio, pois temos regras a seguir se quisermos que a convivência seja maleável.
E com isso acabamos criando duas personalidades, uma presente em nosso dia-a-dia e outra presente apenas em nosso interior, onde muitas das vezes escondemos quem somos de verdade e acabamos esquecendo-as lá.
Talvez seja por isso que me tornei 'estranha', sem me preocupar com o que vão pensar ou achar, pois não importa o que eu faça, sempre terei os tais julgamentos, alguns, ou melhor, muitos serão injustos.
Mas para que me importar, as penitências sempre existirão. E então o porquê de não ser eu mesma?
Percebo que me torno cada vez mais restrita ao mundo, criando o meu mundo. Confesso que é pequeno, onde carrego apenas aquilo que me faz realmente bem, deixando de fora a hipocrisia e tudo que a ela esteja relacionada.
Olho em volta e vejo que por isso não sou a queridinha de muitos, mas nem me importo, pois aprendi que vale o que somos e não o que acham que somos, e ai lembrei do que eu tinha me esquecido, lembrei de quem realmente eu sou.
‘ Deixei de ser quem era, e me transformei em quem sou’
(Brenda Mangifeste)
