Música

domingo, 2 de agosto de 2009

O amor não acaba, nós é que mudamos

Quando duas pessoas passam por momentos juntos em uma relação de amor, constroem uma história e muitas das vezes viram apenas lembranças, pois depois de um certo tempo se afastam, cada um vai em busca do próprio caminho. Mas fica uma dúvida, que fim leva esse sentimento? Será que o amor acaba?
O que realmente acaba não é o amor, e sim as nossas expectativas e desejos que são substituídos no decorrer da vida.As pessoas não mudam na sua essência,mas mudam de sonhos, mudam de pontos de vistas e principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
(Texto de Martha Medeiros com algumas mudanças de Brenda Mangifeste)