Música

sábado, 29 de agosto de 2009

Tantos momentos foram vividos, de grandes e pequenas espectativas que no fim sei que restará apenas a saudade e que a cada lembrança meu peito irá apertar de tal forma que as lágrimas irão manifestar-se e não poderei conte-las.
A saudade é um sentimento cruel, que não posso se quer controlá-lo..
Paro pra pensar e vejo que tudo valeu a pena. Sei que o fim é inevitável, mas prefiro não pensar assim, prefiro imaginar que será um novo começo, novas experiências e sei que o que há de verdadeiro nunca irá se acabar, mesmo com a 'distância'.
Tanto tempo, tantas recordações.. Confesso que não imaginei me apegar tanto assim, mas hoje vejo que me apeguei e que demorarei a me acostumar com o mundo lá fora.
E só de imaginar me vejo perdida, totalmente perdida ..

Brenda Mangifeste

sábado, 15 de agosto de 2009

Quase

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,quem quase passou ainda estuda,quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.



( Sarah Westphal)

domingo, 9 de agosto de 2009

Viver em sociedade acaba nos sendo um desafio, pois temos regras a seguir se quisermos que a convivência seja maleável.
E com isso acabamos criando duas personalidades, uma presente em nosso dia-a-dia e outra presente apenas em nosso interior, onde muitas das vezes escondemos quem somos de verdade e acabamos esquecendo-as lá.
Talvez seja por isso que me tornei 'estranha', sem me preocupar com o que vão pensar ou achar, pois não importa o que eu faça, sempre terei os tais julgamentos, alguns, ou melhor, muitos serão injustos.
Mas para que me importar, as penitências sempre existirão. E então o porquê de não ser eu mesma?

Percebo que me torno cada vez mais restrita ao mundo, criando o meu mundo. Confesso que é pequeno, onde carrego apenas aquilo que me faz realmente bem, deixando de fora a hipocrisia e tudo que a ela esteja relacionada.

Olho em volta e vejo que por isso não sou a queridinha de muitos, mas nem me importo, pois aprendi que vale o que somos e não o que acham que somos, e ai lembrei do que eu tinha me esquecido, lembrei de quem realmente eu sou.

‘ Deixei de ser quem era, e me transformei em quem sou’

(Brenda Mangifeste)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

o que vale a pena?


- Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível.

Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder para aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam nos dedos.
Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos.

Charles Chaplin

domingo, 2 de agosto de 2009

O amor não acaba, nós é que mudamos

Quando duas pessoas passam por momentos juntos em uma relação de amor, constroem uma história e muitas das vezes viram apenas lembranças, pois depois de um certo tempo se afastam, cada um vai em busca do próprio caminho. Mas fica uma dúvida, que fim leva esse sentimento? Será que o amor acaba?
O que realmente acaba não é o amor, e sim as nossas expectativas e desejos que são substituídos no decorrer da vida.As pessoas não mudam na sua essência,mas mudam de sonhos, mudam de pontos de vistas e principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
(Texto de Martha Medeiros com algumas mudanças de Brenda Mangifeste)