Sonhos

Quando somos crianças vemos as coisas de um jeito inocente, acreditamos em contos de fadas, que nos tornaremos lindas princesas, encontraremos nosso príncipe encantado e seremos felizes para sempre, algo bem tradicional nas lindas histórias não é mesmo? Mas muito diferente da realidade, eles sempre esquecem de mostrar o depois do 'felizes para sempre', ou até mesmo o antes.. Que nem todos os sapos que iremos beijar virarão príncipes e que muitos príncipes virarão sapos! E então vamos crescendo e descobrindo os sentimentos...
Começamos com as paixões, com os desejos e enfim o amor!
Muitas das vezes confundimos esses sentimentos e não sabemos o que é paixão, ou um simples desejo ou o que é o amor de verdade. Nos iludimos mesmo sem querer e pensamos em voltar o tempo, buscar em algum lugar a inocência de criança, dos sonhos e fantasias que tinhámos, mas não há mais tempo..

Será que conheço o amor? Será que eu já amei ou ainda amo? Pois dizem que amores são para sempre!
Continuo vendo o amor como uma criança inocente, um sentimento puro, que te deixa boba, feliz, realizada, desejada, que te faz querer ver a pessoa amada bem, mesmo que seje com um outro alguém, e mesmo assim o sentimento continua vivo dentro de ti, com a mesma intensidade, com a mesma dor da saudade de meses sem ao menos ver, falar..
Mas ainda acredito na minha felicidade, não em encontrar um príncipe que venha num cavalo branco, mas alguém que me faça feliz por completo, sem ilusões e que principalmente me faça perder o medo de amar, de me entregar e então viver feliz enquanto durar...

Brenda Mangifeste

Passar sua vida inteira com uma pessoa e então perceber que você não a 're-conhece', simplesmente desconhece todas as suas variadas atitudes...
Não sabe quando ela está amando, ou está tendo uma simples paixão, quando está feliz, ou só disfarçando sua tristeza, quando está entre amigos, ou só meros colegas, quando está bem, ou apenas querendo que tudo esteja bem!
É estranho olhar para ela e não conseguir ver sua alma, vê que mudou e muito durante todo esse tempo e então saber o porquê de não a 're-conhecer'.
É muito difícil viver com tais incertezas, mas muito fácil escondê-las, fingir que nada mudou, que está tudo como antes, quando na verdade nada é como antes.
Não conseguir distinguir quais são os sentimentos dela, ou até mesmo pensamentos.. mas mesmo assim perceber que ela ainda não se desprendeu do passado, do ontem, do antes de ontem, que por mais que ela lute ainda não teve respostas de perguntas que nem ela mesmo sabe quais são. Ela não é a mesma do passado, do ontem, do antes de ontem.
Mas sei que ainda vou conseguir 're-conhecê-la', pois em algum lugar no fundo do seu coração, ela ainda é a mesma.

Brenda Mangifeste